Alquimia
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Re: Alquimia
Qual a Razão de se Transmutar uma Matéria Prima Física?
A resposta para essa pergunta é o que é conhecido como a fixação do volátil.
Existem dois tipos de elementos, os que são fixos, e que possuem uma natureza masculina e constante, e os que são voláteis, possuindo uma natureza feminina e inconstante. Quando se trabalha com Alquimia estes dois tipos de natureza representam muito mais do que representam na simplicidade da química, sendo o fixo um sinônimo de tudo aquilo que possui peso, forma e que é palpável, que pode ser compreendido pelo que Platão chamou de Dianóia, que é o conhecimento matemático e metódico, o qual a ciência moderna tanto incentiva o desenvolvimento. Já o volátil é amorfo e abstrato, referente às coisas de natureza espiritual que são percebidas de forma quase intuitiva, método de aprendizado este denominado por Platão de Noesis.
Desta forma fixar o volátil significa transferir a ideia de algo abstrato para uma figura palpável tornando assim algo mais fácil de se trabalhar. Por essa razão os deuses foram materializados em formas muitas vezes humanas ou antropomorfas, ajuda na oração ter um rosto para olhar mesmo que a força para a qual se ora não possua um, também por essa razão os desejos se tornam escrita e depois sigilos, e para encerrar é por essa razão que a Alquimia se utiliza de uma Matéria Prima física que consegue representar com perfeição tudo que deve ocorrer com a nossa mente e espirito. Este não é o único significado da fixação do volátil, mas um dos principais, lembrando que todas as expressões alquímicas nomearão bem mais que uma única coisa.
Acerca da Utilização de um Vaso ou Ovo Filosófico
A Calcinação no método alquímico que sigo não se utiliza de um cadinho durante o processo, mas de um vaso contendo a Matéria Prima, este vaso é o que denominamos Ovo Filosófico. Este ovo representa o vaso hermeticamente fechado da criação, a matéria encerrada em seu interior simboliza muito mais do que um potencial de vida ou transformação encerrado no ovo, mas além disso equivale à mente aprisionada em um crânio, e ao espirito aprisionado em um corpo, para que algo possa ser transformado é necessário um invólucro, as borboletas precisam de um casulo, as crianças de um útero, o mágico cobre o objeto do truque antes de realizar sua mágica.
O mistério abriga o fogo transformador, o desconhecido torna o que está oculto alterável como o gato de Schrödinger, enquanto não abrimos a caixa, enquanto não fixamos uma verdade todas as possibilidades são verdadeiras ao mesmo tempo, isso é o caos gerador de estrelas. Com a caixa fechada moldamos o que está dentro de uma forma meditativa.
É desta forma que aprisionamos a Matéria Prima e depois a queimamos, depois disso ela estará morta e deve ser levada à uma sepultura de vidro e mantida longe dos olhos do alquimista por um período indeterminado.
A resposta para essa pergunta é o que é conhecido como a fixação do volátil.
Existem dois tipos de elementos, os que são fixos, e que possuem uma natureza masculina e constante, e os que são voláteis, possuindo uma natureza feminina e inconstante. Quando se trabalha com Alquimia estes dois tipos de natureza representam muito mais do que representam na simplicidade da química, sendo o fixo um sinônimo de tudo aquilo que possui peso, forma e que é palpável, que pode ser compreendido pelo que Platão chamou de Dianóia, que é o conhecimento matemático e metódico, o qual a ciência moderna tanto incentiva o desenvolvimento. Já o volátil é amorfo e abstrato, referente às coisas de natureza espiritual que são percebidas de forma quase intuitiva, método de aprendizado este denominado por Platão de Noesis.
Desta forma fixar o volátil significa transferir a ideia de algo abstrato para uma figura palpável tornando assim algo mais fácil de se trabalhar. Por essa razão os deuses foram materializados em formas muitas vezes humanas ou antropomorfas, ajuda na oração ter um rosto para olhar mesmo que a força para a qual se ora não possua um, também por essa razão os desejos se tornam escrita e depois sigilos, e para encerrar é por essa razão que a Alquimia se utiliza de uma Matéria Prima física que consegue representar com perfeição tudo que deve ocorrer com a nossa mente e espirito. Este não é o único significado da fixação do volátil, mas um dos principais, lembrando que todas as expressões alquímicas nomearão bem mais que uma única coisa.
Acerca da Utilização de um Vaso ou Ovo Filosófico
A Calcinação no método alquímico que sigo não se utiliza de um cadinho durante o processo, mas de um vaso contendo a Matéria Prima, este vaso é o que denominamos Ovo Filosófico. Este ovo representa o vaso hermeticamente fechado da criação, a matéria encerrada em seu interior simboliza muito mais do que um potencial de vida ou transformação encerrado no ovo, mas além disso equivale à mente aprisionada em um crânio, e ao espirito aprisionado em um corpo, para que algo possa ser transformado é necessário um invólucro, as borboletas precisam de um casulo, as crianças de um útero, o mágico cobre o objeto do truque antes de realizar sua mágica.
O mistério abriga o fogo transformador, o desconhecido torna o que está oculto alterável como o gato de Schrödinger, enquanto não abrimos a caixa, enquanto não fixamos uma verdade todas as possibilidades são verdadeiras ao mesmo tempo, isso é o caos gerador de estrelas. Com a caixa fechada moldamos o que está dentro de uma forma meditativa.
Eliphas Levi escreveu:As mulheres grávidas estão, mais que os outros, sob a influência da luz astral, que concorre para a formação dos seus filhos, e que lhes apresenta, sem cessar, as reminiscências de formas de que está cheia. É assim que as mulheres muito virtuosas enganam por semelhanças equívocas a malignidade dos observadores. Elas imprimem, muitas vezes, ao fruto do seu casamento uma imagem que as comoveu em sonho, e é
assim que as mesmas fisionomias se perpetuam, de século em século.
É desta forma que aprisionamos a Matéria Prima e depois a queimamos, depois disso ela estará morta e deve ser levada à uma sepultura de vidro e mantida longe dos olhos do alquimista por um período indeterminado.
Jean D'Espagnet escreveu:O Vaso que os filósofos fazem cozer sua obra é de origem dupla: um é da Natureza, e o outro, da arte. O vaso da Natureza que se chama também o vaso da filosofia, é a terra da Pedra, ou o feminino, ou ainda a matriz na qual a semente do macho é recebida, apodrece e se prepara para a geração. Agora bem, a vasilha da arte é tríplice, com efeito, o segredo se coze em sua tríplice vasilha.
Neo- Adepto
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