Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
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Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
“Conheço um freixo chamado Yggdrasil,
Uma arvore imensa no meio da nevoa branca,
Dela escorre o orvalho que cai nos vales,
Firme, mantêm-se sempre verde,
Acima da sagrada fonte de Urdh”
- Völuspa –
Na Mitologia nórdica, o cosmo multidimensional é representado por Yggdrasil, A Arvore dos Mundos, com três raízes que correspondem às três dimensões – Deuses, homens e mortos – e interligava os 9 mundos. Nas tradições xamânicas, a Arvore dos Mundos ou o Eixo Cósmico é uma imagem conhecida, apresentada com riqueza de detalhes nos mitos das tribos siberianas (samoiedos, iacutos, tungues, tártaros , mongóis e altais), dos povos fino-ugricos, turcos e celtas. Em todos esses mitos, a Arvore sustenta diferentes mundos (dos deuses, seres sobrenaturais, homens, ancestrais), que podem ser alcançados pelos xamãs em estado alterado de consciência.
Os detalhes da Arvore diferem de uma cultura para outra, mas há características comuns, como os galhos que tocam o céu, as raízes que mergulham no mundo subterrâneo, o tronco que sustenta vários mundos e as folhagens que abrigam diversos animais.
AS representações da Arvore normalmente ostentam, uma águia pousada no topo, e uma serpente enrolada ao seu redor; às vezes, percebem-se entre os galhos figuras indefinidas – que representam as almas à espera do renascimento – ou animais ferozes que simbolizam as forças contrarias que tentam destruir a Árvore. Porem a Árvore se regenera continuamente. O número de galhos variam entre 7, 9 ou 13, e o dos mundo pode chegar a até 33 ou 99 ( todos múltiplos de números sagrados.
No poema islandês Völuspa, a völva (profetisa) enumera 9 mundos intercalados no espaço separados por montanhas, desertos, vãos escuros, rios e pontes, das quais a mais famosa é Bifrost, uma estrutura metálica que brilha com as cores do arco-íris. Os mundos, reinos ou moradas eram habitados por seres com identidades e funções diferentes, mas complementares dentro do todo.
Sob cada uma de suas raízes, brotam as nascentes de Urdh, Mimir e Hvergelmir. A nascente de Urdh brota sob a raiz superior de Yggdrasil. Ela é a “fonte do destino”, a morada das Nornes. Diariamente, elas tiram agua da fonte e molham suas raízes, cobrindo-as em seguida com argila branca para manter a umidade, cuidados indispensáveis para conservar e renovar a Arvore, ameaçada de destruição pelo dragão Nidhogg, as divindades Æsir se reúnem ao redor da fonte de Urdh para seus conselhos diários, à espera de orientações e dos presságios das Nornes para os eventos futuros.
Sob a segunda raiz de Yggdrasil jorra a fonte de Mimir, considerada a “fonte do conhecimento
Rúnico”, repositório da sabedoria e da memória ancestrais. Nela se encontra a cabeça decapitada do deus Mimir, preservada por Odin com ervas e encantamentos rúnicos e que o aconselha em suas decisões e ações. Essa nascente também guarda as Runas que são a própria essência da sabedoria universal. A fonte de Mimir representa, portanto, o conhecimento, a sabedoria e magia de todas as épocas, dimensões e universos, fornecendo informações e auxilio àqueles que nela vão beber, sejam deuses ou humanos com consciência expandida.
Hvergelmir é a terceira nascente, que jorra da raiz inferior de Yggdrasil; dela fluem os 12 rios que se espelham sobre Midgard, a morada da humanidade. Em seu espelho d’agua, nada um casal de cisnes, em perfeita harmonia e beleza, representando a união do masculino e do feminino. Perto da nascente abriga-se o aterrorizante dragão Nidhogg, que rói incessantemente a raiz da Arvore, auxiliado nessa tarefa destruidora por inúmeras serpentes – ou dragões. Nidhogg representa a força destrutiva que busca a exterminação do todo, querendo impedir o nascimento de novos mundos e espécies, enquanto Hvergelmir simboliza os processos de criação e nascimento.
Para cada uma das raízes corresponde um grupo de três mundo, formando um conjunto de nove planos interligados.
Um imenso gramado verde cobre as fontes, as raízes e o mundo subterrâneo, separando a Arvore dos outros planos e níveis. Exames de abelhas se alimentam do orvalho retido na grama, transformando-o em Mel, que será usado pelos deuses na preparação do hidromel.
O Tronco de Yggdrasil sustenta e atravessa vários mundos. Entre suas folhagens pastam quatro cervos, um bode e uma cabra – cujo leite é puro mel e de cujos chifres pingam gotas de orvalho sobre o gramado ao redor.
No topo da Arvore fica Aar, uma águia que a tudo enxerga e cuja testa se apoia um falcão um mensageiro. Um esquilo, Ratatosk, corre sem parar para cima e para baixo do tronco, levando recados da Águia para o dragão Nidhogg e vice-versa, incentivando ou apaziguando a discórdia entre os dois, o combate entre a águia (celeste) e o dragão (telúrico) reflete o conflito entre os polos opostos.
Entre o mundo divino (Asgard), humano (Midgard) e fonte de Urdh estende-se a ponte Bifrost, com uma estrutura sutil de aparência metálica, construída de fogo, ar e agua que cintila com chamas multicoloridas e serve de passagem para as divindades com exceção de Thor. Ele era proibido de atravessa-la para não faze-la ruir com seus passos estrondosos e seus gritos trovejantes. Bifrost era guardada pelo deus Heimidall, dotado de visão e audição extraordinárias.
Um dos aspectos mais importantes de Yggdrasil é a sua capacidade de gerar e sustentar a vida, simbolizado pelo orvalho, transformado em mel pelas abelhas, e que servia para a preparação do elixir da juventude e sabedoria. Por servir se abrigo para às Nornes a Arvore é ligada também ao destino dos homens que apareciam escritos em runas em suas folhas e tornavam-se visíveis ao sacerdotes.
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
No topo de Yggdrasil está Asgard, a terra dos deuses da dinastia Aesir. Em Asgard está a Ponte Bifrost, ou ponte do arco-íris, que está conectada entre o Mundo dos Deuses e dos Homens (Middgard).
Nos galhos celestes de Yggdrasil está Alfheim, a terra dos elfos claros. Este mundo, e seus habitantes, influenciam o intelecto e a imaginação dos mortais.
Abaixo de Asgard, num outro galho celeste, está Vanahein. O reino dos deuses da dinastia Vanir. Uma terra fértil e próspera.
No centro da Árvore dos Mundos está Middgard, ou Terra. Que é o mundo dos mortais. Ele tem ligação com Asgard, pela fonte Bifrost.
Svartalfheim está embaixo de Middgard. É onde vivem os elfos escuros e os anões. Eles constroem matéria-prima, e a luz os transforma em pedra.
Num galho subterrâneo está Muspelhein. A terra do fogo. Onde vivem gigantes de fogo, grandes destruidores.
No galho oposto a Muspelhein está Nilfhein, o reino de Gelo. O extremo oposto de Muspelhein. É coberto por névoa e frieza.
Num galho terrestre, acima de Nilfhein, está Jötunhein, a terra dos gigantes inimigos dos deuses. São comparados aos "trolls" que conhecemos hoje em dia.
E por fim, na parte mais profunda de Yggdrasil, está Hell. O Mundo dos Mortos. É governado pela deusa Hell. É um mundo sombrio.
Nos galhos celestes de Yggdrasil está Alfheim, a terra dos elfos claros. Este mundo, e seus habitantes, influenciam o intelecto e a imaginação dos mortais.
Abaixo de Asgard, num outro galho celeste, está Vanahein. O reino dos deuses da dinastia Vanir. Uma terra fértil e próspera.
No centro da Árvore dos Mundos está Middgard, ou Terra. Que é o mundo dos mortais. Ele tem ligação com Asgard, pela fonte Bifrost.
Svartalfheim está embaixo de Middgard. É onde vivem os elfos escuros e os anões. Eles constroem matéria-prima, e a luz os transforma em pedra.
Num galho subterrâneo está Muspelhein. A terra do fogo. Onde vivem gigantes de fogo, grandes destruidores.
No galho oposto a Muspelhein está Nilfhein, o reino de Gelo. O extremo oposto de Muspelhein. É coberto por névoa e frieza.
Num galho terrestre, acima de Nilfhein, está Jötunhein, a terra dos gigantes inimigos dos deuses. São comparados aos "trolls" que conhecemos hoje em dia.
E por fim, na parte mais profunda de Yggdrasil, está Hell. O Mundo dos Mortos. É governado pela deusa Hell. É um mundo sombrio.
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Apesar da semelhança, dentro da própria mitologia nórdica os trolls pertencem ao Svartalfheim junto com os anões, observe que possuem a mesma característica de se transformarem em pedra quando expostos à luz.Malklord escreveu:São comparados aos "trolls" que conhecemos hoje em dia.
Neo- Adepto
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Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Helheim
Helheim é um mundo transitivo, é o mistério que precede a vida e o que há no fim da mesma, desta forma se dispormos todas as vivências de uma pessoa em um circulo, no topo deste circulo estará esse mistério antecedendo o próprio nascimento e após o decorrer de todo este circulo o mistério será também a última peça, desta forma o mistério é o progenitor da vida que nos empresta para o mundo e nos recolhe novamente para si. É a escuridão que não destrói a luz, mas à esconde, é o preto devorador que abriga em si todas as cores do mundo, regido por Saturno na Astrologia Tradicional, aquele mesmo que na mitologia devorava seus filhos.
Estar em Helheim é como estar no interior da deusa Hela, é conhecer suas duas faces, o mistério em si e aquilo que o mistério esconde, pois um depende do outro, a vida e a morte são inseparáveis, o dia apenas revela o que a noite esconde. occultum fiat manifestum et vice versa.
Helheim é um mundo frio, desolador, escuro e úmido, é protegido por Modgud conhecida como guardiã e auxiliar da deusa Hela, Modgud vigiava a ponte sobre o rio congelado Gjoll, impedindo o acesso daqueles que não tinham sido autorizados a entrar no reino subterrâneo da deusa. Hela morava em uma gruta sob as raízes de Yggdrasil, cercada por um abismo, no qual o rio Gjoll serpenteava, fazendo um barulho assustador. A ponte era pavimentada com blocos dourados e Modgud aparecia como uma mulher alta, magra e extremamente pálida. Ela questionava aqueles que queriam entrar no reino de Hel sobre sua motivação, caso eles fossem vivos, e sobre seu merecimento, se fossem mortos, pedindo também algum tipo de oferenda (geralmente moedas de ouro que os mortos levavam consigo nos túmulos).
Helheim é um mundo transitivo, é o mistério que precede a vida e o que há no fim da mesma, desta forma se dispormos todas as vivências de uma pessoa em um circulo, no topo deste circulo estará esse mistério antecedendo o próprio nascimento e após o decorrer de todo este circulo o mistério será também a última peça, desta forma o mistério é o progenitor da vida que nos empresta para o mundo e nos recolhe novamente para si. É a escuridão que não destrói a luz, mas à esconde, é o preto devorador que abriga em si todas as cores do mundo, regido por Saturno na Astrologia Tradicional, aquele mesmo que na mitologia devorava seus filhos.
Estar em Helheim é como estar no interior da deusa Hela, é conhecer suas duas faces, o mistério em si e aquilo que o mistério esconde, pois um depende do outro, a vida e a morte são inseparáveis, o dia apenas revela o que a noite esconde. occultum fiat manifestum et vice versa.
Helheim é um mundo frio, desolador, escuro e úmido, é protegido por Modgud conhecida como guardiã e auxiliar da deusa Hela, Modgud vigiava a ponte sobre o rio congelado Gjoll, impedindo o acesso daqueles que não tinham sido autorizados a entrar no reino subterrâneo da deusa. Hela morava em uma gruta sob as raízes de Yggdrasil, cercada por um abismo, no qual o rio Gjoll serpenteava, fazendo um barulho assustador. A ponte era pavimentada com blocos dourados e Modgud aparecia como uma mulher alta, magra e extremamente pálida. Ela questionava aqueles que queriam entrar no reino de Hel sobre sua motivação, caso eles fossem vivos, e sobre seu merecimento, se fossem mortos, pedindo também algum tipo de oferenda (geralmente moedas de ouro que os mortos levavam consigo nos túmulos).
Neo- Adepto
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Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Primeiramente digo que não havia estudado mitologia nórdica antes do Ritual proposto.
Sei que conteúdo na Wikipedia é um tanto duvidoso para pesquisa... por isso peço a opinião quanto ao conteudo https://pt.wikipedia.org/wiki/Helgardh.
Caso proceda essas informações Helheim seria a representação nórdica das Qliphoth... ainda mais quando justamente afirma que existem outros nove mundos dentro dela.
Considerando as Qliphoth como as partes subconscientes (ou mesmo inconscientes). Seria bem adequado Odin obter os conhecimentos justamente em Helheim.
Sei que conteúdo na Wikipedia é um tanto duvidoso para pesquisa... por isso peço a opinião quanto ao conteudo https://pt.wikipedia.org/wiki/Helgardh.
Caso proceda essas informações Helheim seria a representação nórdica das Qliphoth... ainda mais quando justamente afirma que existem outros nove mundos dentro dela.
Considerando as Qliphoth como as partes subconscientes (ou mesmo inconscientes). Seria bem adequado Odin obter os conhecimentos justamente em Helheim.
Guapo- Estudioso
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Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Não tenho conhecimento destas questões. Não vi em nenhum outro lugar que havia outros nove mundos dentro de Helheim, devemos levar em consideração que muitos tentaram aumentar as semelhanças entre a Árvore da Vida e a Árvore dos Mundos, isso ocorreu em diversos livros, creio que essa informação proceda de alguns livros que tentam unificar diferentes crenças como aqueles que querem a todo custo fazer com que Horus tenha vivido a vida de Cristo.
Neo- Adepto
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Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Eu também peguei os detalhes da coisa por esses dias, Guapo, e as vezes as informações de versões diferentes da mitologia estão misturadas como se fossem uma unica história. Também li sobre a ideia de Hella presidir sobre nove mundos em alguns textos e tive mais ou menos o mesmo pensamento que você.
O caso é que essa afirmação vem do Gylfaginning, a Edda em Prosa de Snorri Sturluson, e segundo a Wikipédia (XD):
O problema com a versão de Snorri é que ele, aparentemente, afirma muitas coisas sem fonte ou fazendo referencias a outros poemas que foram perdidos com o passar do tempo. A Edda em Prosa é baseada na Edda em Verso, o registro mais antigo e confiável.
De qualquer maneira, quando li a primeira vez, fiquei com a ideia de que Odin dá a ela poder sobre nove mundos. Só existem os nove estabelecidos na Yggdrasil e Odin já o soberano. Pensei em duas possibilidade:
1 - O poder é referente à morte, já que tudo deve morrer. Os deuses são não são tão imortais. Odin mata Ymir, Hodr mata Baldr... Tudo o que existe, então, passaria por Helheim. Contando também que Hella é soberana mesmo em seu domínio, onde ninguém ousa interferir forçosamente, logo, uma hora ou outra, ela terá o domínio sobre todos.
2 - Uma relação com a Árvore da Vida.
Mais uma vez assumindo Odin como uma construção espalhada pelo panteão, é interessante pensar na possibilidade de Loki ser uma parte sua: tem a rapidez de locomoção de Hermes e li em algum lugar que tem também as sandálias com asas (enquanto Ondim tem o elmo), é extremamente sagaz conseguindo o que quer pela inteligencia (enquanto Odin busca a sabedoria e o conhecimento puros), e tendo como arma a palavra devastadora, sendo alguém que libera os podres dos deuses e fala o que lhe convier e vier a mente sem medir consequências... ou melhor, medindo de um jeito não tão bom (enquanto Odin é patrono do bom uso da palavra, dos poetas, das runas). Loki, apesar de ser tão oposto às qualidades de justiça de Asgard, não é afastado realmente de Odin, apesar forçosamente aprisionado, tomando um papel devastador quando libertado.
Enfim, Hella seria filha de Loki com Angrboða. Os Aesir não sabiam muito bem como lidar e Odin a deu Niflheim onde ela fez seu reino. Desse modo ela seria exatamente o espelho (em domínio, não forma) do próprio Odin que comanda Asgard, mas tendo seu domínios sobre os nove mundos partindo de baixo, dos reinos da morte, não dos deuses imortais. É dela o comando dos que caem, a ela pertencem as almas. Ela é responsável pelo destino das almas segundo o seu merecimento (o pagamento, o karma, o retorno) e, dependendo da fonte, é dito que são as hordas de Hel que Loki comandará no Ragnarok, quando Odin é morto.
A partir disso pensei também na parte inversa das Sephirot... não sei muito sobre as Qliphoth, ainda não peguei essa parte do estudo. A visão de baixo pra cima das qualidades de Yggdrasil, uma outra maneira de representar que não o mesmo sistema espelhado.
Mas, enfim, essas duas possibilidades são apenas especulação. Vamos descobrindo juntos na medida em que estudamos.
O caso é que essa afirmação vem do Gylfaginning, a Edda em Prosa de Snorri Sturluson, e segundo a Wikipédia (XD):
Wikipédia escreveu:No Capitulo 34, Hel, o ser é introduzido. Snorri escreve que Hel foi atirada a Hel por Odin que "a fez soberana sobre nove mundos".
O problema com a versão de Snorri é que ele, aparentemente, afirma muitas coisas sem fonte ou fazendo referencias a outros poemas que foram perdidos com o passar do tempo. A Edda em Prosa é baseada na Edda em Verso, o registro mais antigo e confiável.
De qualquer maneira, quando li a primeira vez, fiquei com a ideia de que Odin dá a ela poder sobre nove mundos. Só existem os nove estabelecidos na Yggdrasil e Odin já o soberano. Pensei em duas possibilidade:
1 - O poder é referente à morte, já que tudo deve morrer. Os deuses são não são tão imortais. Odin mata Ymir, Hodr mata Baldr... Tudo o que existe, então, passaria por Helheim. Contando também que Hella é soberana mesmo em seu domínio, onde ninguém ousa interferir forçosamente, logo, uma hora ou outra, ela terá o domínio sobre todos.
2 - Uma relação com a Árvore da Vida.
Mais uma vez assumindo Odin como uma construção espalhada pelo panteão, é interessante pensar na possibilidade de Loki ser uma parte sua: tem a rapidez de locomoção de Hermes e li em algum lugar que tem também as sandálias com asas (enquanto Ondim tem o elmo), é extremamente sagaz conseguindo o que quer pela inteligencia (enquanto Odin busca a sabedoria e o conhecimento puros), e tendo como arma a palavra devastadora, sendo alguém que libera os podres dos deuses e fala o que lhe convier e vier a mente sem medir consequências... ou melhor, medindo de um jeito não tão bom (enquanto Odin é patrono do bom uso da palavra, dos poetas, das runas). Loki, apesar de ser tão oposto às qualidades de justiça de Asgard, não é afastado realmente de Odin, apesar forçosamente aprisionado, tomando um papel devastador quando libertado.
Enfim, Hella seria filha de Loki com Angrboða. Os Aesir não sabiam muito bem como lidar e Odin a deu Niflheim onde ela fez seu reino. Desse modo ela seria exatamente o espelho (em domínio, não forma) do próprio Odin que comanda Asgard, mas tendo seu domínios sobre os nove mundos partindo de baixo, dos reinos da morte, não dos deuses imortais. É dela o comando dos que caem, a ela pertencem as almas. Ela é responsável pelo destino das almas segundo o seu merecimento (o pagamento, o karma, o retorno) e, dependendo da fonte, é dito que são as hordas de Hel que Loki comandará no Ragnarok, quando Odin é morto.
A partir disso pensei também na parte inversa das Sephirot... não sei muito sobre as Qliphoth, ainda não peguei essa parte do estudo. A visão de baixo pra cima das qualidades de Yggdrasil, uma outra maneira de representar que não o mesmo sistema espelhado.
Mas, enfim, essas duas possibilidades são apenas especulação. Vamos descobrindo juntos na medida em que estudamos.
Nauta- Neófito
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Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Neo,
Foi justamente isso que pensei... é semelhança demais com Qabalah. Queria tirar a duvida sobre outras fontes mais confiáveis.
Aarin,
Com estudos iremos aprofundando... Mas pela praticidade e logica ficarei por enquanto com a primeira alternativa... já que os deuses nórdicos não escapam da morte... como temos o exemplo de Balder.
Foi justamente isso que pensei... é semelhança demais com Qabalah. Queria tirar a duvida sobre outras fontes mais confiáveis.
Aarin,
Com estudos iremos aprofundando... Mas pela praticidade e logica ficarei por enquanto com a primeira alternativa... já que os deuses nórdicos não escapam da morte... como temos o exemplo de Balder.
Guapo- Estudioso
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Idade : 33
Localização : RS
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Aarin Federleicht escreveu:Pensei em duas possibilidade:
1 - O poder é referente à morte, já que tudo deve morrer. Os deuses são não são tão imortais. Odin mata Ymir, Hodr mata Baldr... Tudo o que existe, então, passaria por Helheim. Contando também que Hella é soberana mesmo em seu domínio, onde ninguém ousa interferir forçosamente, logo, uma hora ou outra, ela terá o domínio sobre todos.
Engraçado, assim como você e o Guapo, eu também comecei a me apronfundar um pouco mais nessas questões a partir dos preparativos para os rituais. Mitologia nórdica nunca foi muito o meu forte, mas estou aprendendo bastante.
Outra coisa interessante é que temos dúvidas semelhantes, pois eu tb me lembro de ter lido algo relacionado a esse domínio sobre os nove mundos e fiquei com a mesma dúvida.
Acho que essa possibilidade de interpretação fornecida pelo Aarin é legal, embora o que o Neo disse seja uma verdade, pois com o tempo tudo tende a deturpação.
Nienna- Neófito
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Data de inscrição : 03/03/2015
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Aarin, a dualidade Nórdica eh representada pelos mundos espelhados, fogo/gelo, asgard/hel.
O esquema Sephirotico eh uma elaboração mais complexa de qualidades e não de locais como a Yggdrasil. Digamos que na Yggdrasil vemos os arquétipos da construção do universo.
Na Árvore da Vida observamos as qualidades e defeitos humanos propriamente ditos.
Saudações.
O esquema Sephirotico eh uma elaboração mais complexa de qualidades e não de locais como a Yggdrasil. Digamos que na Yggdrasil vemos os arquétipos da construção do universo.
Na Árvore da Vida observamos as qualidades e defeitos humanos propriamente ditos.
Saudações.
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Nienna escreveu:Aarin Federleicht escreveu:Pensei em duas possibilidade:
1 - O poder é referente à morte, já que tudo deve morrer. Os deuses são não são tão imortais. Odin mata Ymir, Hodr mata Baldr... Tudo o que existe, então, passaria por Helheim. Contando também que Hella é soberana mesmo em seu domínio, onde ninguém ousa interferir forçosamente, logo, uma hora ou outra, ela terá o domínio sobre todos.
Engraçado, assim como você e o Guapo, eu também comecei a me apronfundar um pouco mais nessas questões a partir dos preparativos para os rituais. Mitologia nórdica nunca foi muito o meu forte, mas estou aprendendo bastante.
Outra coisa interessante é que temos dúvidas semelhantes, pois eu tb me lembro de ter lido algo relacionado a esse domínio sobre os nove mundos e fiquei com a mesma dúvida.
Acho que essa possibilidade de interpretação fornecida pelo Aarin é legal, embora o que o Neo disse seja uma verdade, pois com o tempo tudo tende a deturpação.
As semelhanças existem sem precisar forçar.
Embora saiba pouco sobre kabbalah, acho que poderíamos fazer associações entre a Yggdrasil e a árvore da vida e até mesmo entre a primeira e a árvore da morte, vale lembrar que que esta última é uma sombra da primeira, da mesma forma poderíamos usar essa simbologia sem separar a Yggdrasil em duas árvores se cada mundo por si só fosse dual. Mas como Malk mesmo disse, acredito que os nove mundos tenham mais relação com os quatro mundos cabalísticos.
Mas sempre haverá analogias forçosas...
Neo- Adepto
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Data de inscrição : 05/03/2015
Localização : Salvador - BA
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Concordo Neo,
Os quadro mundos estão mais afeitos à analogias do que as Sephiroth e a Arvore da Morte.
Digamos que quando estudamos a Kabbalah podemos falar de estruturas da criação através dos mundos.
Mas o entendimento das Sephiroth são mais aspectos de transformação interna do individuo, bem como as Qliphoth que representam as forças que direcionam ao afastamento da essência das Sephiroth.
Na Yggdrasil, ao menos no meu ver vemos aspectos de estruturação da Criação (Eixo Cósmico).
Ou seja, o centro dos mundos, aquilo que sustenta todas as realidades possíveis.
Saudações!
Os quadro mundos estão mais afeitos à analogias do que as Sephiroth e a Arvore da Morte.
Digamos que quando estudamos a Kabbalah podemos falar de estruturas da criação através dos mundos.
Mas o entendimento das Sephiroth são mais aspectos de transformação interna do individuo, bem como as Qliphoth que representam as forças que direcionam ao afastamento da essência das Sephiroth.
Na Yggdrasil, ao menos no meu ver vemos aspectos de estruturação da Criação (Eixo Cósmico).
Ou seja, o centro dos mundos, aquilo que sustenta todas as realidades possíveis.
Saudações!
Re: Yggdrasil - A Arvore dos Mundos
Innangard e Utgard
Estes são dois conceitos importantes para entender a organização do mundo de acordo com a cultura nórdica, tanto num aspecto sobrenatural quanto nas organizações social, psicologica e, mais praticamente, física. Innangard, que significa "dentro da cerca/barreira" é o mundo civilizado, organizado, que obedece as leis estabelecidas. Utgard é o "lado de fora da cerca/barreira", o mundo caótico, selvagem, sem leis. O primeiro encontrava sua expressão natural na divisão dos espaços particulares, as cercas que demarcavam e protegiam territórios, mantendo os animais domesticados dentro e os selvagens fora. O segundo nos florestas, campos e montanhas selvagens, lugares não dominados ao menos por humanos.
A lei servia a um proposito parecido. Os islandeses medievais se referiam à sua sociedade como "nossa lei", fundindo os dois conceitos em um só. A lei é uma "cerca psicológica" que define o que é social do que é antissocial, o Innangard do Utgard. Por isso mesmo, pessoas que cometiam crimes considerados especialmente graves eram punidos com o titulo de "fora da lei". Quem não se submetia as leis, às regras sociais, também não tinha os direitos e proteção que essa sociedade podia oferecer. Quem se tornava um "fora da lei" se tornava, de certo modo, um sub-humano, um selvagem, alguém de Utgard. Essas pessoas estavam expostas a qualquer tipo de tratamento e poderiam ser mortas por qualquer um sem qualquer repercussão negativa para quem o matasse. A alternativa era justamente ir para o mais longe possível de qualquer lugar civilizado. Na verdade se tornar um fora da lei era referido como "skóggangr", que significa "ir para as florestas" e um fora da lei era um "skógarmaðr", que significa "homem da floresta".
Asgard e Midgard estão em Innangard, formam as partes divina e humana da sociedade organizada e estão em constante conflito com Utgard que é outro nome para Jotunheim, o mundo dos gigantes. No entanto, nem tudo o que habita e nem todos os acontecimentos relacionados a Utgard é maléfico ou desagregador.
Obs.: Utgard é sinônimo de Jotunheim no sentido de que é "além das cercas", mas é também o nome de um lugar especifico em Jotunheim onde acontece uma certa aventura envolvendo Thor, Loki, Thjálfi e Utgard-Loki.
Estes são dois conceitos importantes para entender a organização do mundo de acordo com a cultura nórdica, tanto num aspecto sobrenatural quanto nas organizações social, psicologica e, mais praticamente, física. Innangard, que significa "dentro da cerca/barreira" é o mundo civilizado, organizado, que obedece as leis estabelecidas. Utgard é o "lado de fora da cerca/barreira", o mundo caótico, selvagem, sem leis. O primeiro encontrava sua expressão natural na divisão dos espaços particulares, as cercas que demarcavam e protegiam territórios, mantendo os animais domesticados dentro e os selvagens fora. O segundo nos florestas, campos e montanhas selvagens, lugares não dominados ao menos por humanos.
A lei servia a um proposito parecido. Os islandeses medievais se referiam à sua sociedade como "nossa lei", fundindo os dois conceitos em um só. A lei é uma "cerca psicológica" que define o que é social do que é antissocial, o Innangard do Utgard. Por isso mesmo, pessoas que cometiam crimes considerados especialmente graves eram punidos com o titulo de "fora da lei". Quem não se submetia as leis, às regras sociais, também não tinha os direitos e proteção que essa sociedade podia oferecer. Quem se tornava um "fora da lei" se tornava, de certo modo, um sub-humano, um selvagem, alguém de Utgard. Essas pessoas estavam expostas a qualquer tipo de tratamento e poderiam ser mortas por qualquer um sem qualquer repercussão negativa para quem o matasse. A alternativa era justamente ir para o mais longe possível de qualquer lugar civilizado. Na verdade se tornar um fora da lei era referido como "skóggangr", que significa "ir para as florestas" e um fora da lei era um "skógarmaðr", que significa "homem da floresta".
Asgard e Midgard estão em Innangard, formam as partes divina e humana da sociedade organizada e estão em constante conflito com Utgard que é outro nome para Jotunheim, o mundo dos gigantes. No entanto, nem tudo o que habita e nem todos os acontecimentos relacionados a Utgard é maléfico ou desagregador.
Obs.: Utgard é sinônimo de Jotunheim no sentido de que é "além das cercas", mas é também o nome de um lugar especifico em Jotunheim onde acontece uma certa aventura envolvendo Thor, Loki, Thjálfi e Utgard-Loki.
Nauta- Neófito
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