Virtude: O Portal da Sabedoria
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Virtude: O Portal da Sabedoria
Virtude, o portal da sabedoria
O homem ocupa um lugar único no vasto e infinito processo da evolução. Os livros antigos o definem como o elo de conexão entre espírito e matéria. Embora ele tenha sido capaz de criar instrumentos maravilhosos e aplicar seu conhecimento a fim de dominar alguns dos processos naturais, ele permanece até hoje um mistério inescrutável para si mesmo.
O ser humano é ávido por conhecer mais acerca dos processos da vida e do espaço exterior; ele está pronto para interferir nos sistemas mais internos da vida, como os genes, e foi capaz de liberar o poder assombroso oculto no núcleo do átomo. No entanto, ele nunca aplicou a mesma energia para sondar sua própria mente, as profundidades de sua própria consciência. E essa é a razão pela qual o autoconhecimento é ainda um exercício muito raro no contexto da experiência humana global.
O homem é uma criatura inquieta. Está sempre buscando alguma coisa que o preencha e lhe dê felicidade. Ele quase nunca experimenta a paz ou o contentamento que surgem quando não há o desejo de ser outra coisa além do que se é. Sua busca de prazer e felicidade é de fato um movimento inconsciente em direção a algo que possa trazer uma paz permanente.
Porém, os sábios de todas as culturas e de todas as épocas declaram em uníssono que há apenas uma coisa que pode oferecer preenchimento interno permanente e inabalável – a sabedoria. Mas o caminho para a sabedoria está cheio de perigos e tentações. Pessoas que começam a buscá-lo podem facilmente acabar procurando poder e fama, porque, conhecendo um pouco mais do que os seus semelhantes, ficam tentadas a controlar e dominar. Outras confundem sabedoria com conhecimento; aplicam sua energia em acumular uma quantidade incrível de informação, sem compreender que a sabedoria é conhecer o que é essencial, não a acumulação de idéias por uma mente ignorante.
O poeta místico Jalaluddin Rumi comparou, a esse respeito: “O conhecimento tradicional, quando a inspiração está disponível / É como fazer abluções com areia quando há água perto de você.” Ele disse também: “Seja tolo, para que assim seu coração possa estar em paz. / Não com a tolice que se reproduz pelo falatório ocioso, / mas com aquela que surge da perplexidade diante da verdade.”
As religiões do mundo mostram que há um preço a ser pago para alcançar a verdadeira sabedoria. Ele consiste num modo de vida completamente impregnado pela virtude. Mas o peso morto da tradição e as interpretações mecânicas retrataram a vida virtuosa como uma forma de aderir a códigos externos de conduta. Portanto, é importante perguntar o que é a virtude.
Plotino disse que “a virtude é algo inerente à alma”, o que significa que ela é uma qualidade que existe na consciência em seu estado natural. É somente através da experiência que a consciência é alienada de sua natureza pura, porque é projetada para o exterior. Ela se identifica com coisas outras que não ela própria e, portanto, perde aquela claridade que é uma parte essencial da virtude. A palavra sânscrita dharma, que possui múltiplos significados, denota não apenas retidão ou lei, mas também a natureza essencial de um ser ou coisa, o que mais uma vez mostra que a integridade e a excelência moral devem ser encontrados dentro de nós.
Santo Agostinho definiu virtude como “amor retamente ordenado”, o que parece implicar que, se depender de nossos caprichos e interesse pessoal, o amor nunca gera virtude. Para muitas pessoas os relacionamentos são meramente oportunidades para extrair vantagens. Elas quase nunca estão dispostas a escutar o ponto de vista do outro, a mostrar boa vontade ou afeição; apenas mantêm aquele relacionamento enquanto puderem obter dele algum benefício.
Por outro lado, se há uma correta atitude interior, todos os relacionamentos se tornam oportunidades de serviço. Uma pessoa virtuosa é aquela que compreende profundamente que a vida é dar, e não procurar sempre obter coisas para si. O que é usualmente chamado de amor humano é basicamente um acordo inconsciente baseado no dar e receber, o que significa manter um relacionamento enquanto a outra pessoa está dando algo, quer seja na forma de afeto, prazer ou atenção. Mas a visão de Agostinho sobre a virtude deixa claro que o verdadeiro amor deve surgir de uma condição de ordem interior, a qual parece indicar um estado em que se está livre do interesse pessoal, em suas múltiplas formas.
Platão, em seu diálogo chamado Protágoros, faz uma afirmação sobre a virtude que merece profunda reflexão em todas as suas implicações. Ele diz que “a virtude não pode ser ensinada”, o que significa que, embora possamos nos beneficiar com o exemplo de nobres personagens, temos de chegar à virtude por nós mesmos.
Uma das causas do declínio da vida religiosa em muitas culturas é que as pessoas colocaram suas esperanças de redenção espiritual em agentes externos, como sacerdotes, escrituras e rituais. Mas quando olhamos para o ensinamento central das religiões do mundo, não podemos deixar de perceber que todas elas deixam bem claro que temos de conquistar nossa salvação com diligência.
Conhecimento verdadeiro
A erva daninha do egoísmo, que lançou raízes profundamente dentro da consciência humana, tem de ser arrancada por nossos próprios esforços. Escrituras, instrutores e rituais podem proporcionar indicações de um propósito mais profundo na vida, podem apontar um caminho de transformação, mas nenhum deles pode trilhar o caminho por nós.
De acordo com Platão, o verdadeiro conhecimento é um processo de recordação, o que significa que a fonte da compreensão espiritual está profundamente oculta em nós. Cegos pela ignorância, perseguimos todas as formas de experiências, sensações e conhecimentos fragmentados. Mas o conhecimento que é necessário para transformar nossa vida, para fazer com que o espírito incriado brilhe em toda a sua glória, já está dentro de nós.
Portanto a questão mais importante é: como podemos encarar as experiências e usá-las como um processo, de modo a aprender mais acerca de nós mesmos? Em primeiro lugar, deve haver uma clara compreensão do que aprender com a vida. Podemos começar a discenir entre o que é transitório, efêmero e aquilo que é de valor perene. O verdadeiro discernimento é certamente o começo do movimento em direção ao conhecimento autêntico.
Os resultados naturais do discernimento são a equanimidade e o contentamento. Ao invés de sermos controlados pelas situações, se há essa condição de equilíbrio interior, não importa qual a situação na qual estejamos envolvidos, poderemos ter uma visão clara, um julgamento correto e respostas sensatas.
O contentamento é a descoberta de um sentido de ordem e equilíbrio dentro de nós, de forma que não somos perturbados nem pelos eventos externos nem pela agitação interna. Ele resulta naturalmente de uma compreensão de que, na vida, a lei é a tudo abarca; o que quer que nos aconteça representa uma operação da lei que a tudo abrange, a suprema harmonia. Assim, se a mente compreende, mesmo que parcialmente, a natureza do verdadeiro contentamento, ela não se abala ou perde seu equilíbrio. Ela deixa que a lei siga o seu próprio curso.
Uma outra virtude fundamental é a humildade. Ela é considerada uma virtude essencial, a base da qual surgem todas as outras virtudes. Ela significa ausência de autopresunção, que é pretender possuir um conhecimento que realmente não possuímos. Também significa deslocar o centro de importância de nós mesmos para a vida ao nosso redor, reconhecendo, como já dissemos, que estamos aqui para aprender, mas aprender como ser útil aos outros, como prestar um serviço significativo àqueles que encontramos.
A humildade implica contínua vigilância sobre nossos motivos, pois o eu pessoal é uma criatura traiçoeira e pode freqüentemente nos levar a uma certa ação que é aparentemente boa, mas que, num exame mais detalhado, revela a existência do desejo dissimulado de auto-engradecimento. A verdadeira humildade é um elemento importante no autoconhecimento, pois ela traz simplicidade e pureza à mente e, portanto, abre o caminho para a manifestação daquela consciência que, em sua plenitude e harmonia, revela-se como a própria base do nosso ser.
Quando as pessoas vêem o mundo e sua dor, a pobreza e a violência estarrecedoras, a reação comum é a noção de que uma mudança tem de ocorrer; mas, ao mesmo tempo, sentem-se impotentes para efetuar tal mudança, pois os problemas parecem ser enormes, quase infinitos e complexos. Mas aqueles que são realmente grandes nunca se permitem deter-se em tais situações e dúvidas, pelo simples fato de que foram capazes de comungar profundamente com a dor do mundo, porque foram capazes de fazer cessar suas misérias e carências pessoais. Ao se livrarem delas através de sua própria inteligência espiritual, foram capazes de reunir coragem suficiente para manifestar em suas vidas uma tremenda claridade e determinação que tocou milhares.
Oportunidade preciosa
Há, hoje, grupos que acreditam que ingressamos numa nova era; coisas extraordinárias vão ocorrer e a humanidade dará um passo significativo na jornada evolutiva. Porém, o mundo fornece amplas evidências de que a brutalidade, as ações bárbaras e as divisões nacionalistas são ainda a ordem do dia. A essência da compreensão ética é resumida no princípio da responsabilidade. Ninguém pode nos dar força, ninguém pode nos conceder sabedoria. É uma lei fundamental da existência a de que devemos caminhar com nossos próprios pés e ver com nossos próprios olhos. O progresso real para os homens começa a ser compreendido pelo que a virtude é.
Portanto, aquele que busca a sabedoria num sentido real não alimentará ideias fantásticas, não acreditará em nenhuma forma de mudança supernatural e rápida na humanidade, causada por um agente externo. Ele consagrará sua vida, energia, tempo e esforço a colocar em prática a ética contida no Ensinamento-Sabedoria, pois uma verdadeira busca revela o fato de que a vida é uma oportunidade preciosa, bem como uma tremenda responsabilidade.
A singularidade da busca pela sabedoria está no fato de que ela provê diretrizes muito claras para empreendermos a jornada da transformação interior; ao avançarmos ao longo desse caminho, estaremos prestando à humanidade o maior de todos os serviços. Aqueles que vivem a vida como resultado natural de um sério estudo e compreensão terão mais chances de alcançar a sabedoria, para preencher o mundo com compaixão, amor e beleza eterna.
Por Pedro Oliveira
O homem ocupa um lugar único no vasto e infinito processo da evolução. Os livros antigos o definem como o elo de conexão entre espírito e matéria. Embora ele tenha sido capaz de criar instrumentos maravilhosos e aplicar seu conhecimento a fim de dominar alguns dos processos naturais, ele permanece até hoje um mistério inescrutável para si mesmo.
O ser humano é ávido por conhecer mais acerca dos processos da vida e do espaço exterior; ele está pronto para interferir nos sistemas mais internos da vida, como os genes, e foi capaz de liberar o poder assombroso oculto no núcleo do átomo. No entanto, ele nunca aplicou a mesma energia para sondar sua própria mente, as profundidades de sua própria consciência. E essa é a razão pela qual o autoconhecimento é ainda um exercício muito raro no contexto da experiência humana global.
O homem é uma criatura inquieta. Está sempre buscando alguma coisa que o preencha e lhe dê felicidade. Ele quase nunca experimenta a paz ou o contentamento que surgem quando não há o desejo de ser outra coisa além do que se é. Sua busca de prazer e felicidade é de fato um movimento inconsciente em direção a algo que possa trazer uma paz permanente.
Porém, os sábios de todas as culturas e de todas as épocas declaram em uníssono que há apenas uma coisa que pode oferecer preenchimento interno permanente e inabalável – a sabedoria. Mas o caminho para a sabedoria está cheio de perigos e tentações. Pessoas que começam a buscá-lo podem facilmente acabar procurando poder e fama, porque, conhecendo um pouco mais do que os seus semelhantes, ficam tentadas a controlar e dominar. Outras confundem sabedoria com conhecimento; aplicam sua energia em acumular uma quantidade incrível de informação, sem compreender que a sabedoria é conhecer o que é essencial, não a acumulação de idéias por uma mente ignorante.
O poeta místico Jalaluddin Rumi comparou, a esse respeito: “O conhecimento tradicional, quando a inspiração está disponível / É como fazer abluções com areia quando há água perto de você.” Ele disse também: “Seja tolo, para que assim seu coração possa estar em paz. / Não com a tolice que se reproduz pelo falatório ocioso, / mas com aquela que surge da perplexidade diante da verdade.”
As religiões do mundo mostram que há um preço a ser pago para alcançar a verdadeira sabedoria. Ele consiste num modo de vida completamente impregnado pela virtude. Mas o peso morto da tradição e as interpretações mecânicas retrataram a vida virtuosa como uma forma de aderir a códigos externos de conduta. Portanto, é importante perguntar o que é a virtude.
Plotino disse que “a virtude é algo inerente à alma”, o que significa que ela é uma qualidade que existe na consciência em seu estado natural. É somente através da experiência que a consciência é alienada de sua natureza pura, porque é projetada para o exterior. Ela se identifica com coisas outras que não ela própria e, portanto, perde aquela claridade que é uma parte essencial da virtude. A palavra sânscrita dharma, que possui múltiplos significados, denota não apenas retidão ou lei, mas também a natureza essencial de um ser ou coisa, o que mais uma vez mostra que a integridade e a excelência moral devem ser encontrados dentro de nós.
Santo Agostinho definiu virtude como “amor retamente ordenado”, o que parece implicar que, se depender de nossos caprichos e interesse pessoal, o amor nunca gera virtude. Para muitas pessoas os relacionamentos são meramente oportunidades para extrair vantagens. Elas quase nunca estão dispostas a escutar o ponto de vista do outro, a mostrar boa vontade ou afeição; apenas mantêm aquele relacionamento enquanto puderem obter dele algum benefício.
Por outro lado, se há uma correta atitude interior, todos os relacionamentos se tornam oportunidades de serviço. Uma pessoa virtuosa é aquela que compreende profundamente que a vida é dar, e não procurar sempre obter coisas para si. O que é usualmente chamado de amor humano é basicamente um acordo inconsciente baseado no dar e receber, o que significa manter um relacionamento enquanto a outra pessoa está dando algo, quer seja na forma de afeto, prazer ou atenção. Mas a visão de Agostinho sobre a virtude deixa claro que o verdadeiro amor deve surgir de uma condição de ordem interior, a qual parece indicar um estado em que se está livre do interesse pessoal, em suas múltiplas formas.
Platão, em seu diálogo chamado Protágoros, faz uma afirmação sobre a virtude que merece profunda reflexão em todas as suas implicações. Ele diz que “a virtude não pode ser ensinada”, o que significa que, embora possamos nos beneficiar com o exemplo de nobres personagens, temos de chegar à virtude por nós mesmos.
Uma das causas do declínio da vida religiosa em muitas culturas é que as pessoas colocaram suas esperanças de redenção espiritual em agentes externos, como sacerdotes, escrituras e rituais. Mas quando olhamos para o ensinamento central das religiões do mundo, não podemos deixar de perceber que todas elas deixam bem claro que temos de conquistar nossa salvação com diligência.
Conhecimento verdadeiro
A erva daninha do egoísmo, que lançou raízes profundamente dentro da consciência humana, tem de ser arrancada por nossos próprios esforços. Escrituras, instrutores e rituais podem proporcionar indicações de um propósito mais profundo na vida, podem apontar um caminho de transformação, mas nenhum deles pode trilhar o caminho por nós.
De acordo com Platão, o verdadeiro conhecimento é um processo de recordação, o que significa que a fonte da compreensão espiritual está profundamente oculta em nós. Cegos pela ignorância, perseguimos todas as formas de experiências, sensações e conhecimentos fragmentados. Mas o conhecimento que é necessário para transformar nossa vida, para fazer com que o espírito incriado brilhe em toda a sua glória, já está dentro de nós.
Portanto a questão mais importante é: como podemos encarar as experiências e usá-las como um processo, de modo a aprender mais acerca de nós mesmos? Em primeiro lugar, deve haver uma clara compreensão do que aprender com a vida. Podemos começar a discenir entre o que é transitório, efêmero e aquilo que é de valor perene. O verdadeiro discernimento é certamente o começo do movimento em direção ao conhecimento autêntico.
Os resultados naturais do discernimento são a equanimidade e o contentamento. Ao invés de sermos controlados pelas situações, se há essa condição de equilíbrio interior, não importa qual a situação na qual estejamos envolvidos, poderemos ter uma visão clara, um julgamento correto e respostas sensatas.
O contentamento é a descoberta de um sentido de ordem e equilíbrio dentro de nós, de forma que não somos perturbados nem pelos eventos externos nem pela agitação interna. Ele resulta naturalmente de uma compreensão de que, na vida, a lei é a tudo abarca; o que quer que nos aconteça representa uma operação da lei que a tudo abrange, a suprema harmonia. Assim, se a mente compreende, mesmo que parcialmente, a natureza do verdadeiro contentamento, ela não se abala ou perde seu equilíbrio. Ela deixa que a lei siga o seu próprio curso.
Uma outra virtude fundamental é a humildade. Ela é considerada uma virtude essencial, a base da qual surgem todas as outras virtudes. Ela significa ausência de autopresunção, que é pretender possuir um conhecimento que realmente não possuímos. Também significa deslocar o centro de importância de nós mesmos para a vida ao nosso redor, reconhecendo, como já dissemos, que estamos aqui para aprender, mas aprender como ser útil aos outros, como prestar um serviço significativo àqueles que encontramos.
A humildade implica contínua vigilância sobre nossos motivos, pois o eu pessoal é uma criatura traiçoeira e pode freqüentemente nos levar a uma certa ação que é aparentemente boa, mas que, num exame mais detalhado, revela a existência do desejo dissimulado de auto-engradecimento. A verdadeira humildade é um elemento importante no autoconhecimento, pois ela traz simplicidade e pureza à mente e, portanto, abre o caminho para a manifestação daquela consciência que, em sua plenitude e harmonia, revela-se como a própria base do nosso ser.
Quando as pessoas vêem o mundo e sua dor, a pobreza e a violência estarrecedoras, a reação comum é a noção de que uma mudança tem de ocorrer; mas, ao mesmo tempo, sentem-se impotentes para efetuar tal mudança, pois os problemas parecem ser enormes, quase infinitos e complexos. Mas aqueles que são realmente grandes nunca se permitem deter-se em tais situações e dúvidas, pelo simples fato de que foram capazes de comungar profundamente com a dor do mundo, porque foram capazes de fazer cessar suas misérias e carências pessoais. Ao se livrarem delas através de sua própria inteligência espiritual, foram capazes de reunir coragem suficiente para manifestar em suas vidas uma tremenda claridade e determinação que tocou milhares.
Oportunidade preciosa
Há, hoje, grupos que acreditam que ingressamos numa nova era; coisas extraordinárias vão ocorrer e a humanidade dará um passo significativo na jornada evolutiva. Porém, o mundo fornece amplas evidências de que a brutalidade, as ações bárbaras e as divisões nacionalistas são ainda a ordem do dia. A essência da compreensão ética é resumida no princípio da responsabilidade. Ninguém pode nos dar força, ninguém pode nos conceder sabedoria. É uma lei fundamental da existência a de que devemos caminhar com nossos próprios pés e ver com nossos próprios olhos. O progresso real para os homens começa a ser compreendido pelo que a virtude é.
Portanto, aquele que busca a sabedoria num sentido real não alimentará ideias fantásticas, não acreditará em nenhuma forma de mudança supernatural e rápida na humanidade, causada por um agente externo. Ele consagrará sua vida, energia, tempo e esforço a colocar em prática a ética contida no Ensinamento-Sabedoria, pois uma verdadeira busca revela o fato de que a vida é uma oportunidade preciosa, bem como uma tremenda responsabilidade.
A singularidade da busca pela sabedoria está no fato de que ela provê diretrizes muito claras para empreendermos a jornada da transformação interior; ao avançarmos ao longo desse caminho, estaremos prestando à humanidade o maior de todos os serviços. Aqueles que vivem a vida como resultado natural de um sério estudo e compreensão terão mais chances de alcançar a sabedoria, para preencher o mundo com compaixão, amor e beleza eterna.
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