Monada Hieroglífica

Conforme prometido, eis que publico o primeiro (de talvez centenas de milhares) de posts sobre a Monada Hieroglífica.
Não tenho vergonha em requisitar ajuda dos mais esclarecidos, pois esta é a primeira vez que lanço um olhar analítico sobre o livro e sobre a imagem.

Ha tantas interpretações possíveis, que John Dee escreveu 24 teoremas para explicá-la e, ainda assim, com a revolução do tempo, a cada novo nascer do Sol há um novo simbolismo a ser empregado.

Vou me dar a ousadia de escrever outro teorema e quem sabe amanhã eu volte aqui com outro, outro, outro e outro... pois a possibilidades são inesgotáveis e esse símbolo está impregnado.

Teorema XXV

O homo sapiens caminha sobre a terra e tem a intuição sobre sua testa, o insight que ilumina e leva ao conhecimento, simbolizado pelo crescente. Ou os cornos da inteligência ativa.
O ponto no centro do círculo representa a consciência e/ou o ego.
Tem os braços abertos em cruz; a matéria que dá ao homem a sua forma, que liga o fixo ao volátil. O corpo biológico através do qual se manifesta o impalpável, a metafísica.


Continua...

É interessante notar como o símbolo de áries foi posto como uma base para o restante dos elementos, assemelhando-se aos primeiros cotilédones que deixam a semente no nascimento de uma planta. Áries rege a cabeça, por ser essa a primeira parte do corpo da criança a deixar o ventre da mãe, obviamente rege os cotilédones, e sem duvida a forma do símbolo tem a ver com isso, talvez até mais do que tenha a ver com a cabeça de um carneiro. Áries rege o princípio das coisas, é a força que dá início, atuando apenas nesse momento, deixando o resto para que outras forças atuem. Os cotilédones são os primeiros a sair da semente, e em muitas plantas esta dupla de folhas nem mesmo assemelha-se com aquelas que nascem depois, o que só reforça essa teoria. Dessa forma John Dee transforma este signo nos cotilédones da Mônada Hieroglífica, seu combustível inicial.