Magia
2 participantes
Página 1 de 1
Magia
Uso da vontade para a alteração da realidade...
Simples não?
Na verdade o que existe não se trata de alterações da realidade, mas sim da compreensão das Leis que regem o universo que nos cerca e colocarmos em pratica a ação destas leis.
Acredito que já viram ou já em livros ou na própria internet, sobre hidroelétricas, nelas, a água é inicialmente posta em um local alto, em seguida ela percorre uma descida até se encontrar com turbinas que giram devido a velocidade d'água.
Tudo bem até agora? Ótimo.
O que acontece? A energia da água, sendo esta, a energia, potencial gravitacional, é transformada em energia cinética ao passar pela descida, quando a água cai no reservatório com as turbinas, a energia cinética da própria água as impulsiona, diminuindo assim sua energia cinética e aumentando a energia cinética das turbinas
Pois bem, Magia ou a Arte como prefiro chamar é como aprendemos a transformar determinadas energias em outras e dar-lhes forma.
Não existem milagres, não da forma como os compreendemos,
Existe a compreensão do Todo e de como nos relacionamos com ele.
Saudações!
Simples não?
Na verdade o que existe não se trata de alterações da realidade, mas sim da compreensão das Leis que regem o universo que nos cerca e colocarmos em pratica a ação destas leis.
Acredito que já viram ou já em livros ou na própria internet, sobre hidroelétricas, nelas, a água é inicialmente posta em um local alto, em seguida ela percorre uma descida até se encontrar com turbinas que giram devido a velocidade d'água.
Tudo bem até agora? Ótimo.
O que acontece? A energia da água, sendo esta, a energia, potencial gravitacional, é transformada em energia cinética ao passar pela descida, quando a água cai no reservatório com as turbinas, a energia cinética da própria água as impulsiona, diminuindo assim sua energia cinética e aumentando a energia cinética das turbinas
Pois bem, Magia ou a Arte como prefiro chamar é como aprendemos a transformar determinadas energias em outras e dar-lhes forma.
Não existem milagres, não da forma como os compreendemos,
Existe a compreensão do Todo e de como nos relacionamos com ele.
Saudações!
Re: Magia
Bom,
Para celebrar o retorno às atividades nos post's vamos falar de um tema extremamente importante para a Magia a Vontade,
Mas vontade em sua atribuição mais sublime,
Então vamos lá:
A Vontade
Atualmente a palavra Vontade, assim como muitas outras em nosso tempo, está esvaziada do significado original. Hoje se pensarmos na palavra vontade a mesma está associada a desejo e, normalmente, a desejos frustrados. Vejamos o exemplo, se eu quero tomar um sorvete e posso tomar um, eu vou e tomo, mas se eu não posso, seja por problemas financeiros ou por não querer engordar vemos aquela famosa frase “estou com uma vontade de tomar um sorvete...”.
Percebam que o significado da palavra sofreu uma corrosão tão intensa pela sua banalização que a mesma se transformou em sinônimo de desejo, principalmente, desejos frustrados.
Sendo assim, para resgatar parte do sentido da palavra, associamos um substantivo a ela, que seria a palavra Força. Portanto, hoje, quando queremos identificar uma pessoa dotada de determinação, que está firme de seus objetivos, que não desistirá facilmente, dizemos que esse alguém tem força de vontade. No entanto, tal conjunção pode nos levar a um outro equívoco: confundir força com esforço. Esforçado é aquele que se arrasta para concluir o seu objetivo, já o forte está motivado e empenhado e realizar a tarefa, possui entusiasmo (que provem de Entheos, “Deus dentro”).
Para definir melhor o conceito de Vontade, precisamos notar que existem diferentes tipos de forças dentro de nós, a exemplo da paixão e da cólera. Ambas são forças inconscientes e de explosão, diferente da Força de Vontade que é lucida, perseverante e duradoura. Uma pessoa dotada da força da vontade, sabe onde quer chegar e caminha sempre em direção a este objetivo.
Uma imagem que pode nos esclarecer o tipo de força que é a Vontade é o alpinista, que deve ter muito claro em sua mente a meta que pretende atingir, neste caso o cume da montanha. Ele não pode ter dúvida quanto onde quer chegar e, a partir daí, seguir tracionando a corda de forma ritmada, perseverante e constante, pois se deixar de puxar ou o fizer em descompasso, se cansará muito rápido, logo não se sustentará ou nunca chegará onde deseja.
A Vida se sustenta por ritmo, o coração, o pulmão, as estações, etc... e o ritmo é formado por dois elementos: a Perseverança (Fazer sempre) e a Constância (lembrar sempre por que se faz).
A tradição Indiana nos diz que o ser humano é composto de corpos, e cada um desses corpos possuem necessidades especificas. O corpo mental tem necessidade de descobrir o que são as coisas, mas sem se comprometer com elas; o corpo emocional tem necessidade daquilo que o agrada, ou foge daquilo que o repele ou teme; o corpo energético tem necessidade daquilo que o alimenta; e o corpo físico age pela lei do menor esforço. No entanto ainda que todas as necessidades desses corpos estejam satisfeitas ou que os mesmos estejam em plena capacidade de funcionamento, nada pode ser realizado se não houver um motor primordial a conduzi-los.
Quantas pessoas conhecemos que são saudáveis, possuem disposição, são inteligentes e não conseguem realizar nada? E quantos heróis, a exemplo de Joana D’arc , não tinham curiosidade pela guerra, muito provavelmente suas emoções não gostavam de arriscar a vida e ainda assim existia um veículo dentro dessas pessoas que as motivava a realização de grandes feitos.
Existe algo em nós que está acima das circunstancias, que se impõe aos demais veículos e faz com que os mesmos realizem os grandes feitos de que o homem é capaz. Este algo é a Vontade, ou Atma para os Hindus, que se realiza fazendo coisas maiores do que o ser humano e os ideais nobres da humanidade (bondade, justiça, fraternidade...). Seu símbolo por excelência é a Espada; como a Excalibur, a espada do Rei Arthur, uma espada forjada do mais puro aço, resistente a tudo, capaz de atravessar pedras, criar um caminho e restaurar um reino.
Para que a vontade se manifeste no mundo é necessário disciplina e ordem, pois a vontade é como um raio de luz, para que ela chegue ao mundo ela precisa de um canal e este canal é a disciplina e a ordem. Como podemos canalizar a nossa determinação se somos desordeiros, se não organizamos nem nosso espaço nem nosso tempo? Isso é ilustrado na Odisseia, quando Ulisses precisa disparar uma flecha através de vários orifícios alinhados para atingir um alvo e recuperar seu Reino. A flecha é vontade, os orifícios alinhados representam a ordem e o alvo é o objetivo. Ordem, tanto no tempo quanto no espaço gera poder, pois abre caminho para que a Vontade Divina se realize no mundo.
Helena Petrovna Blavatsky, filosofa e fundadora da sociedade teosófica nos diz que : “A Vontade rege universos manifestados pela eternidade”, isso significa que a única coisa real das coisas concretas em nosso mundo é que elas são o rastro da vontade daqueles que as criaram. Desta maneira podemos observar atualmente apenas duas situações, os rastros da Vontade Divina que é o universo em si e os rastros da Vontade humana, as criações do homem.
Mas, observamos que as obras humanas diferem em durabilidade. Por exemplo, uma mesa construída por uma pessoa que se preocupou apenas com o seu pagamento, ou por qualquer outro desejo mundano, durará apenas alguns anos. Nesse caso, a ação foi impulsionada pelo desejo, que é uma descaracterização da vontade. Mas, o que podemos pensar sobre as Pirâmides do Egito?! Há um ditado no Cairo que diz: ” todos temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”. Mesmo após milênios elas ainda continuam de pé a estarrecer a humanidade em sua engenhosidade e durabilidade. O que dizer do legado de Mahatma Gandhi, Teresa de Calcutá, Irmã Dulce e tantos outros?
As coisas desse mundo são um eco da pureza e elevação da Vontade e quanto mais próxima da vontade divina mais duradouro será o rastro.
Para celebrar o retorno às atividades nos post's vamos falar de um tema extremamente importante para a Magia a Vontade,
Mas vontade em sua atribuição mais sublime,
Então vamos lá:
A Vontade
Atualmente a palavra Vontade, assim como muitas outras em nosso tempo, está esvaziada do significado original. Hoje se pensarmos na palavra vontade a mesma está associada a desejo e, normalmente, a desejos frustrados. Vejamos o exemplo, se eu quero tomar um sorvete e posso tomar um, eu vou e tomo, mas se eu não posso, seja por problemas financeiros ou por não querer engordar vemos aquela famosa frase “estou com uma vontade de tomar um sorvete...”.
Percebam que o significado da palavra sofreu uma corrosão tão intensa pela sua banalização que a mesma se transformou em sinônimo de desejo, principalmente, desejos frustrados.
Sendo assim, para resgatar parte do sentido da palavra, associamos um substantivo a ela, que seria a palavra Força. Portanto, hoje, quando queremos identificar uma pessoa dotada de determinação, que está firme de seus objetivos, que não desistirá facilmente, dizemos que esse alguém tem força de vontade. No entanto, tal conjunção pode nos levar a um outro equívoco: confundir força com esforço. Esforçado é aquele que se arrasta para concluir o seu objetivo, já o forte está motivado e empenhado e realizar a tarefa, possui entusiasmo (que provem de Entheos, “Deus dentro”).
Para definir melhor o conceito de Vontade, precisamos notar que existem diferentes tipos de forças dentro de nós, a exemplo da paixão e da cólera. Ambas são forças inconscientes e de explosão, diferente da Força de Vontade que é lucida, perseverante e duradoura. Uma pessoa dotada da força da vontade, sabe onde quer chegar e caminha sempre em direção a este objetivo.
Uma imagem que pode nos esclarecer o tipo de força que é a Vontade é o alpinista, que deve ter muito claro em sua mente a meta que pretende atingir, neste caso o cume da montanha. Ele não pode ter dúvida quanto onde quer chegar e, a partir daí, seguir tracionando a corda de forma ritmada, perseverante e constante, pois se deixar de puxar ou o fizer em descompasso, se cansará muito rápido, logo não se sustentará ou nunca chegará onde deseja.
A Vida se sustenta por ritmo, o coração, o pulmão, as estações, etc... e o ritmo é formado por dois elementos: a Perseverança (Fazer sempre) e a Constância (lembrar sempre por que se faz).
A tradição Indiana nos diz que o ser humano é composto de corpos, e cada um desses corpos possuem necessidades especificas. O corpo mental tem necessidade de descobrir o que são as coisas, mas sem se comprometer com elas; o corpo emocional tem necessidade daquilo que o agrada, ou foge daquilo que o repele ou teme; o corpo energético tem necessidade daquilo que o alimenta; e o corpo físico age pela lei do menor esforço. No entanto ainda que todas as necessidades desses corpos estejam satisfeitas ou que os mesmos estejam em plena capacidade de funcionamento, nada pode ser realizado se não houver um motor primordial a conduzi-los.
Quantas pessoas conhecemos que são saudáveis, possuem disposição, são inteligentes e não conseguem realizar nada? E quantos heróis, a exemplo de Joana D’arc , não tinham curiosidade pela guerra, muito provavelmente suas emoções não gostavam de arriscar a vida e ainda assim existia um veículo dentro dessas pessoas que as motivava a realização de grandes feitos.
Existe algo em nós que está acima das circunstancias, que se impõe aos demais veículos e faz com que os mesmos realizem os grandes feitos de que o homem é capaz. Este algo é a Vontade, ou Atma para os Hindus, que se realiza fazendo coisas maiores do que o ser humano e os ideais nobres da humanidade (bondade, justiça, fraternidade...). Seu símbolo por excelência é a Espada; como a Excalibur, a espada do Rei Arthur, uma espada forjada do mais puro aço, resistente a tudo, capaz de atravessar pedras, criar um caminho e restaurar um reino.
Para que a vontade se manifeste no mundo é necessário disciplina e ordem, pois a vontade é como um raio de luz, para que ela chegue ao mundo ela precisa de um canal e este canal é a disciplina e a ordem. Como podemos canalizar a nossa determinação se somos desordeiros, se não organizamos nem nosso espaço nem nosso tempo? Isso é ilustrado na Odisseia, quando Ulisses precisa disparar uma flecha através de vários orifícios alinhados para atingir um alvo e recuperar seu Reino. A flecha é vontade, os orifícios alinhados representam a ordem e o alvo é o objetivo. Ordem, tanto no tempo quanto no espaço gera poder, pois abre caminho para que a Vontade Divina se realize no mundo.
Helena Petrovna Blavatsky, filosofa e fundadora da sociedade teosófica nos diz que : “A Vontade rege universos manifestados pela eternidade”, isso significa que a única coisa real das coisas concretas em nosso mundo é que elas são o rastro da vontade daqueles que as criaram. Desta maneira podemos observar atualmente apenas duas situações, os rastros da Vontade Divina que é o universo em si e os rastros da Vontade humana, as criações do homem.
Mas, observamos que as obras humanas diferem em durabilidade. Por exemplo, uma mesa construída por uma pessoa que se preocupou apenas com o seu pagamento, ou por qualquer outro desejo mundano, durará apenas alguns anos. Nesse caso, a ação foi impulsionada pelo desejo, que é uma descaracterização da vontade. Mas, o que podemos pensar sobre as Pirâmides do Egito?! Há um ditado no Cairo que diz: ” todos temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”. Mesmo após milênios elas ainda continuam de pé a estarrecer a humanidade em sua engenhosidade e durabilidade. O que dizer do legado de Mahatma Gandhi, Teresa de Calcutá, Irmã Dulce e tantos outros?
As coisas desse mundo são um eco da pureza e elevação da Vontade e quanto mais próxima da vontade divina mais duradouro será o rastro.
Klepsidra gosta desta mensagem
Re: Magia
Ler esse tópico me puxou, do fundo da memoria, aquela velha e batida (porém clássica) analogia da carroça para explicar o que é magia e a diferença entre o feiticeiro e o mago.
O que vai diferenciar uma/um iniciada/o de um não-iniciado é exatamente a consciência do seu propósito e dos efeitos que manifesta. Concordo bastante com o que você expôs no tópico sobre vontade, disciplina e força.
Vejo a magia como um instrumento disponível a todos, podendo ser chamada por diversos nomes, mas imutável em essência. É como um pincel que poderá manifestar, com qualidade, algo em Malkuth dependendo do talento do pintor.
Sobre o que você falou em:
O que vai diferenciar uma/um iniciada/o de um não-iniciado é exatamente a consciência do seu propósito e dos efeitos que manifesta. Concordo bastante com o que você expôs no tópico sobre vontade, disciplina e força.
Vejo a magia como um instrumento disponível a todos, podendo ser chamada por diversos nomes, mas imutável em essência. É como um pincel que poderá manifestar, com qualidade, algo em Malkuth dependendo do talento do pintor.
Sobre o que você falou em:
Isso aqui é interessante.. Acho que dá pano pra manga para conversarmos sobre livre arbítrio (que não tem uma resposta concreta mas é ótimo pra se conversar de tempos em tempos).Malklord escreveu:Na verdade o que existe não se trata de alterações da realidade, mas sim da compreensão das Leis que regem o universo que nos cerca e colocarmos em pratica a ação destas leis.
Klepsidra- Caminhante
- Mensagens : 37
Data de inscrição : 08/03/2021
Idade : 28
Localização : HELL DE JANEIRO
Re: Magia
Klepsidra escreveu:Ler esse tópico me puxou, do fundo da memoria, aquela velha e batida (porém clássica) analogia da carroça para explicar o que é magia e a diferença entre o feiticeiro e o mago.
O que vai diferenciar uma/um iniciada/o de um não-iniciado é exatamente a consciência do seu propósito e dos efeitos que manifesta. Concordo bastante com o que você expôs no tópico sobre vontade, disciplina e força.
Vejo a magia como um instrumento disponível a todos, podendo ser chamada por diversos nomes, mas imutável em essência. É como um pincel que poderá manifestar, com qualidade, algo em Malkuth dependendo do talento do pintor.
Sobre o que você falou em:Isso aqui é interessante.. Acho que dá pano pra manga para conversarmos sobre livre arbítrio (que não tem uma resposta concreta mas é ótimo pra se conversar de tempos em tempos).Malklord escreveu:Na verdade o que existe não se trata de alterações da realidade, mas sim da compreensão das Leis que regem o universo que nos cerca e colocarmos em pratica a ação destas leis.
Sem duvida irmã o livre arbítrio é um ponto interessante de se observar, mas digamos que aqui no processo magistico, simplesmente é aprender a usar a força da correnteza ao seu favor para realizar algo maior. como a roda de agua de um moinho.
Klepsidra gosta desta mensagem
Tópicos semelhantes
» Dogma e Ritual de Alta Magia
» 14 -Dogma e Ritual de Alta Magia Capítulos XIV e 14
» 15 - Dogma e Ritual de Alta Magia - Capítulos XV e 15
» 16 - Dogma e Ritual de Alta Magia - Capítulos 16 e XVI
» 02 - Dogma e Ritual de Alta Magia - Capítulos II e 2
» 14 -Dogma e Ritual de Alta Magia Capítulos XIV e 14
» 15 - Dogma e Ritual de Alta Magia - Capítulos XV e 15
» 16 - Dogma e Ritual de Alta Magia - Capítulos 16 e XVI
» 02 - Dogma e Ritual de Alta Magia - Capítulos II e 2
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos